Ele insistia comigo. Que a bicicleta que tinha comprado na chegada à Holanda era muito pequena para mim. Que eu devia experimentar outras. Que ia ver como me ia sentir mais confortável, ter uma melhor condução. E eu insistia que não. Que estava bem do jeito que estava. Que me sentia confortável na minha bicicleta de sempre. Que era uma bicicleta espectacular. Que queria manter-me fiel à bicicleta que me tinha feito feliz por mais de um ano. E ele voltava a insistir. Que eu precisava de experimentar novas bicicletas. Que só assim perceberia a diferença. Que assim como assim mal não ia fazer. Que a minha bicicleta não ia derramar lágrimas por experimentar algo novo por um dia. E que então eu podia tirar as minhas próprias conclusões. E eu, lá num dos meus momentos de fraqueza, que uma pessoa bem quer mas ainda não é de ferro, lá me deixo convencer. E em jeito envergonhada lá lhe digo, que sim senhora, que tinha razão, que uma bicicleta alta era muito melhor, que fazia toda a diferença, que maravilha. Que tinha andado eu a perder durante um ano...
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